Fernanda Vasconcellos fala de carreira e família


Se pedíssemos para Fernanda Vasconcellos contar a sua história, a atriz diria que é uma narrativa comum, de uma menina que sonhava ser reconhecida como atriz. Exatamente dez anos após a sua estreia nas novelas, em "Malhação", e seis protagonistas depois, Fernanda pode comemorar a realização do enredo de sua vida: “É engraçado, porque vamos vivendo e nem percebemos que conseguimos realizar o que sempre sonhamos”, constata.
Mas a própria adverte que isso não significa que ela queira parar por aí. Aos 30 anos, Fernanda diz sentir pela primeira vez a importância de suas escolhas. “Não tive crise, mas senti que tinha que tomar as rédeas da minha vida e das escolhas para o meu bem.  Dei sorte de ter construído uma carreira bacana em muito pouco tempo. Sei que isso é difícil. Mas, hoje, consigo escolher com pouco mais de clareza as coisas que quero”, afirma.

Esse foi o caso da peça “Foi você quem pediu para eu contar a minha história”, do diretorGuilherme Piva, que está em cartaz no TeatroLeblon, no Rio. Acostumada a viver mocinhas na televisão, Fernanda aparece no palco de uma forma diferente: uma criança sem filtros que fala de assuntos como sexualidade, preconceito e até o corpo da mulher com certo veneno. “O que me atraiu foi o texto, porque não é politicamente correto. Ele é cruel e pela sua crueldade, tem humor. Também queria fazer algo diferente”, diz ela, que recebeu o EGO em seu camarim para esta entrevista.

Fernanda garante que o fato de ter interpretado muitas mocinhas na fcção não é um problema para ela. “Isso não me incomoda. Eu gosto de todas as personagens que fiz. Elas eram todas diferentes entre si. Inclusive de mim. O importante é o desafio e eu poder ultrapassar minhas limitações”.

E é com essa mesma tranquilidade que a atriz lida com a sua vida pessoal. “Não me enxergo como uma celebridade. Eu sou atriz. Na verdade, eu tenho pavor a esse culto da celebridade e acho isso um pouco doentio. Eu sou uma pessoa normal, gente. Tenho meus defeitos, manias... Deve ser muito louco quando a pessoa começa a acreditar que é algo mais do que outro só por ser artista”, brincou ela, que faz análise há anos.

Durante a entrevista, Fernanda mostra que é “gente como a gente” e revela uma mania inusitada: “Tenho mania de limpeza. Passo álcool em gel no telefone e ando com um vidrinho de água sanitária na bolsa, porque gosto de limpar banheiro. Do avião ao Projac. Aonde eu entro, eu limpo o banheiro”, diverte-se.


Sintonia com Cássio Reis
Namorando o apresentador Cássio Reis há dois anos, Fernanda mostra que realmente tem características diferentes das suas personagens. Enquanto as mocinhas de novelas sempre casaram na Igreja, de véu e grinalda, a atriz afirma que não tem o mesmo desejo. “Nunca tive esse sonho. Tem outras coisas que me realizam mais do que esse rito de passagem. Acho bonito a festa, a cerimônia, mas acho que o amor está em outro lugar. Está na rotina, no dia a dia”.

Fernanda e Cássio já moram juntos no Rio de Janeiro, mas no início do ano eles ficaram um tempo separado: “A gente precisava de um break, de um momento para respirar. Ficamos quase um mês separados, mas vimos que o melhor é ficarmos juntos e está tudo bem”, disse ela, querecentemente compartilhou em rede social uma foto dos dois na porta de uma capela em Las Vegas. “Aquilo é uma brincadeira. A gente não casou. Mas, na verdade, já estamos praticamente casados”.

A relação dos dois é de confiança e apoio. No camarim do teatro de Fernanda, uma mensagem fofa de Cássio: “Estarei ali, te observando, aplaudindo orgulhoso”.  A parceria entre os dois está dando tão certo que eles têm planos de aumentar a família. Cássio já é pai de Noah, de seu relacionamento com Danielle Winitis. “Quero pelo menos ter um filho e também tenho muita vontade de adotar. Mas, agora, preciso trabalhar muito”, afirma a atriz.
Personalidade
No momento Fernanda não tem nenhum projeto para voltar à TV, mas em breve ela estará no cinema com o “Pequeno Dicionário Amoroso 2”: “Estou muito feliz que é meu primeiro filme”, diz ela, que fez cenas de sexo com outra mulher no longa: “Acho que essa coisa de se despir literalmente gera um receio e uma insegurança mutua dos dois atores. E isso gera uma coisa muito importante para o trabalho: cumplicidade. Eu gosto disso. Claro que foi difícil, mas foi muito bacana fazer”.

Enquanto o filme não estreia, Fernanda fica em cartaz até julho com a peça no Rio. “Acho importante colocar esses temas como preconceito e homofobia na luz para as pessoas entenderem o quanto é degradante. Mas acho que hoje o público está mais conservador e temos de prestar atenção nisso, porque quer dizer alguma coisa”, afirma.
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Autor: Keci Silva

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